Marília Librandi, professora e pesquisadora da Universidade de Stanford, conta sobre sua mudança do Brasil para os Estados Unidos, a sucessão de acasos que a levaram de São Paulo à Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia e posteriormente à Califórnia para lecionar sobre literatura brasileira.
Fala sobre o choque sofrido na mudança (sequer havia estado no país antes): havia pouca referência ao Brasil e um início com número reduzido de interessados no curso, com muita dependência de traduções ao inglês, em contraste à importância do México e da presença hispano-americana local.
Por outro lado, destaca como positivo o fato dos alunos serem de áreas diversas, como antropologia, biologia, até medicina, e que o acesso ao curso por vezes estava atrelado a eventos fora de aula, com convidados vindos do Brasil, como cineastas, músicos e escritores. Pois talvez buscassem mais conhecer a cultura brasileira do que a língua portuguesa.
A professora trata ainda de sua visão sobre a literatura brasileira contemporânea, dos motivos pelos quais trabalha pouco com poesia e de como mistura textos de épocas distintas em suas aulas, privilegiando temas e não a cronologia.
Este depoimento foi gravado durante o encontro Conexões – Literatura Brasileira no Exterior: Mercado, Ensino e Mídia, na sede do Itaú Cultural, em novembro de 2014.
Assista outros vídeos do Conexões Itaú Cultural.
Saiba mais sobre o mapeamento e os mapeados do Conexões Itaú Cultural visite a seção Banco de Dados Online.
Deixe um comentário