Confira novos vídeos com o escritor Cristóvão Tezza.
Na primeira parte do depoimento gravado no Encontros de Interrogação, no Itaú Cultural, o autor fala de suas suas origens, o primeiro grande choque de sua vida – que foi a morte do pai quando criança – e a mudança de cidade. Para ele, essas situações deram início à sua carreira de escritor. Segundo Tezza, a infelicidade ajuda a produzir literatura. O escritor também relembra os cursos que fez, a profissão de relojoeiro, a entrada tardia na universidade e o descobrimento da linguística. Entre outras memórias, comenta o nascimento do primeiro filho, com síndrome de down, a inspiração para escrever O Filho Eterno e o processo de criação de seus personagens. Ainda lê um trecho do livro O Professor.
Na segunda parte do depoimento, Tezza fala sobre a importância de estímulos para a literatura brasileira ser levada ao exterior. Para ele, não há uma literatura brasileira sólida que seja exportada, as traduções de seu livro O Filho Eterno são, em sua visão, erráticas, acidentais, feitas por tradutores que se interessaram pelo livro. Fala ainda sobre a importância da criação de famílias culturais e, para ele, o leitor brasileiro precisa ser reconquistado.
Já o vídeo francês do link abaixo é uma entrevista do escritor conduzida pelo professor, pesquisador e tradutor François Weigel, doutorando da Université Blaise Pascal Clermont-Ferrand (França). A conversa tem pouco mais de uma hora de duração, com opção de legendas em francês. Clique na imagem para conferir o link.
Tezza conta sobre seu início de carreira, suas primeiras publicações e a importância do lançamento por uma editora de São Paulo para ganhar projeção nacional, além de prêmios a do fato de ter passado a escrever para jornais. Fala sobre o sucesso de O Filho Eterno, seu livro de maior projeção, um marco traduzido para quase 20 países e responsável por tê-lo lançado em carreira internacional (algo que considera bastante importante, diante da pouca visibilidade do escritor brasileiro no cenário mundial).
O escritor trata ainda das correntes literárias brasileiras baseadas na escrita de José de Alencar e Machado de Assis e do realismo na literatura. Cita suas leituras de adolescência – Monteiro Lobato, Júlio Verne e o Sherlock Holmes de Conan Doyle – como influenciadoras iniciais em sua decisão por escrever e fala das diferenças dos anos 50 aos 70 no Brasil, que também se refletem em sua carreira.
No final do vídeo, Tezza lê trechos de seus livros O Fotógrafo e O Professor.
Ouça também o programa de rádio Escritor-Leitor, no qual Cristóvão Tezza fala sobre a importância do personagem na narrativa.
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