“Gran Sertón: Veredas”, marco da difusão do Brasil na Espanha
em 11/09/2009

O escritor e tradutor Antonio Maura publicou no blog Cronópios um ensaio muito esclarecedor sobre a importância da tradução da obra de Guimarães Rosa na Espanha.

Este artigo de Antonio Maura é o segundo na mesma publicação sobre o romancista brasileiro. No primeiro, publicado há algumas semanas o ensaísta comentava as diferenças entre a primeira tradução de Grande Sertão: Veredas publicada pela Seix Barral em 1967 e feita pelo poeta e ensaísta Ángel Crespo, com a segunda tradução, publicada em Buenos Aires pela Editorial Adriana Hudalgo e feita por dois “mapeados”: Florencia Garramuño e Gonzalo Aguilar.

Antonio Maura destaca a qualidade literária e o pioneirismo de Ángel Crespo, cuja missão como tradutor compara com a dos irmãos Haroldo e Augusto Campos, mas destaca a maior aproximação com o original na tradução de Garramuño e Aguilar. Essa segunda tradução, segundo Maura, aproveita o acúmulo de estudos rosianos e a maior proximidade dos tradutores da nova versão, por sua trajetória acadêmica, com a literatura brasileira contemporânea e a obra de Guimarães Rosa.

Os dois artigos provocaram muitas manifestações no Café Literário do Cronópios, mostrando a importância das traduções na difusão da literatura brasileira. Maura assinala que a tradução de Crespo já havia influenciado pelo menos dois romancistas espanhóis – Juan Benet, com Volverás a región e Julián Ríos, com Larva.

Um bom debate de qualidade sobre a presença e o alcance da literatura brasileira contemporânea.

Deixe um comentário

*Campos obrigatórios. Seu e-mail nunca será publicado ou compartilhado.

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.