Kenneth David Kackson é professor da Univeridade de Yale, no Departamento de Espanhol e Português (99% espanhol e 1% português, diz ele). É autor, tradutor e editor de inúmeros livros, entre os quais podem ser destacados: A Vanguarda Literária no Brasil (1998); A Hidden Presence: 500 Years of Portuguese Culture in India and Sri Lanka (1995); Sing Without Shame (1990); A Prosa Vanguardista na Literatura Brasileira: Oswald de Andrade (1978). Entre outros, é organizador dos volumes Oxford Anthology of the Brazilian Short Story (2006), Haroldo de Campos: A Dialogue with the Brazilian Concrete Poet (2005).
Kenneth D. Jackson participou do I Encontro Internacional Conexões Itaú Cultural, em dezembro de 2008, onde gravou esta entrevista.
No primeiro segmento, Jackson discorre sobre a presença da literatura brasileira nos EUA e as primeiras traduções feitas imediatamente pós II Guerra Mundial.
A qualidade das traduções de literatura brasileira é o tema do segundo segmento da entrevista. Jackson lamenta alguns casos nos quais os tradutores perderam a oportunidade de transmitir a riqueza linguística e estilística e até mesmo a musicalidade de alguns textos. Mas, assinala, existem também traduções muito boas.
A contribuição das universidades na divulgação da literatura e da cultura brasileiras é o tema do terceiro segmento da entrevista de Kenneth D. Jackson, que assinala suas várias dimensões: ensino e pesquisa, divulgação, tradução e edição.
Kenneth D. Jackson coloca o desafio que lhe parece fundamental para o desenvolvimento dos estudos brasileiros nos Estados Unidos: a criação de departamentos específicos, que superem a grande maioria dos atuais departamentos de estudos latino-americanos ou hispano-americanos, nos quais o Brasil e o português ficam em posição secundária. Assinala também, no quarto segmento, a importância dos estudos comparados, assinalando o vigor da literatura brasileira vis-à-vis a dos demais países da América do Sul.
No último segmento da entrevista, Kenneth D. Jackson assinala o maior interesse pelo Brasil como fonte do aumento de cursos e de alunos, mas lamenta que a situação estrutural dos estudos brasileiros nas universidades norte-americanas continue a mesma, com pouca autonomia.
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