Nataniel Ngomane, professor da Universidade Eduardo Mondlane (UEM), na cidade de Maputo, em Moçambique, doutor em literatura brasileira pela Universidade de São Paulo (USP) e diretor do Fundo Bibliográfico de Língua Portuguesa (FBLP), em entrevista concedida ao consultor do Conexões, Felipe Lindoso, fala sobre literatura e o resgate das línguas bantu em seu país.
Ngoname afirma que Machado de Assis e Carlos Drummond de Andrade são conhecidos, mas, dificilmente, os leitores moçambicanos identificam nomes como João Guimarães Rosa e Clarice Lispector. Considerando a possibilidade de distribuição, em maior escala, de obras de escritores do Brasil e Moçambique, ele destaca que “seria interessante estabelecer pontes mais sólidas, para se darem a conhecer mutuamente essas duas literaturas”.
Além disso, a entrevista traz dados sobre as línguas bantu, 20 pelo menos, que, recentemente, começaram a ser ensinadas junto com o português nas escolas moçambicanas. No contexto literário, Ngomane fala do professor Bento Sitoe, especialista em línguas bantu, que já publicou novelas e romances em changana, língua nativa do sul de Moçambique. Outra referência, é a escritora infanto-juvenil Fátima Langa, que tem publicações com versões bilíngues, em português-xicope (pronuncia-se “xitchôpe”).
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