Conexões Itaú Cultural em 2014 – sete anos do programa
em 19/12/2014

O Conexões Itaú Cultural completou sete anos. Ao longo de 2014 sua equipe se dedicou à melhoria das ferramentas de armazenamento dos dados dos mais de trezentos mapeados e à criação de laços com projetos que contribuam para o mapeamento da literatura brasileira no exterior.

Em junho, apresentamos o projeto em reunião do Brazilian Publishers, iniciativa da Câmara Brasileira do Livro.

Em novembro, o Encontro do Conexões Itaú Cultural, que aconteceu entre 20 e 22, reuniu tradutores, editores, pesquisadores e escritores, que, ao longo de três dias, debateram a situação da literatura brasileira no exterior.

Mediada por Felipe Lindoso, “A tarefa do tradutor”, que abriu a programação, contou com a participação de dois novos mapeados – os tradutores François Weigel e Julia Tomasini – e o também tradutor Michael Kegler.

A mesa seguinte promoveu uma discussão sobre a tarefa do editor na difusão de uma literatura estrangeira e quais as estratégias que empregam. Giorgio de Marchis, John O’Brien e Paula Salnot trataram dos desafios de editar literatura brasileira em seus países: Itália, Estados Unidos e França.

 

O segundo dia de debates começou com a mesa “Literatura brasileira no exterior”. A professora Carmen Villarino, colaboradora do Conexões desde seu início, dividiu a mesa, mediada por Claudiney Ferreira, com a tradutora Hilary Kaplan, a jornalista Isabel Coutinho e o agente literário Jordi Roca.

 

A mesa seguinte, mediada por João Cezar de Castro Rocha, reuniu três grandes escritores, Beatriz Bracher, Luiz Ruffato e Cristóvão Tezza, falando de sua relação com as traduções e a recepção de seus livros no exterior.

 

Ainda no dia 21 houve o lançamento do livro A primeira aula, organizado por Pedro Meira Monteiro, precedido por mesa sobre o assunto, de que participaram, além do organizador, Charles Perrone, professor da Universidade da Flórida (EUA), Marília Librandi Rocha, da Universidade Stanford (EUA), e Roberto Vecchi, da Universidade de Bolonha, todos professores e pesquisadores mapeados pelo Conexões. O livro reúne reflexões diversas sobre a experiência da primeira aula num país estrangeiro.

 

No último dia de debates houve a mesa “Impasses e promessas”, mediada por Rita Palmeira e que reunia a escritora de livros infantojuvenis Flávia Lins e Silva, o escritor João Paulo Cuenca e o professor e tradutor Jobst Welge.

 

Flávia falou de seus livros e destacou um deles, Nas folhas do chá, escrito a 4 mãos com a escritora chinesa Liu Hong. A internacionalização de um livro, afirmou, pode começar no processo de escrita. Destacou processos colaborativos entre países como forma de tornar a circulação de livros mais fácil. Jobst Welge recuperou sua experiência de dar aulas em universidades que não têm departamento de literatura brasileira e destacou sua abordagem comparatista. João Paulo Cuenca falou de sua experiência no projeto Amores expressos, de 2007, e também de sua participação em diversas feiras e debates ao redor do mundo.

 

O Encontro de novembro foi o coroamento de um ano extremamente produtivo para o projeto, que estreitou relação com iniciativas próximas à sua, como Plataforma 9, criada pela Associação Internacional de Lusitanistas e pela Fundação Calouste Gulbenkian.

 

Terminamos 2014 com 12 novos mapeados. Além do tradutor François Weigel, da Université Blaise Pascal Clermont-Ferrand (França), a quem dedicamos um post em abril, foram cadastrados no banco de dados os professores, pesquisadores e tradutores Adam Morris (Stanford University – EUA), Flora Thomson-DeVeaux (Brown University – EUA), Heike Muranyi (Universität zu Köln – Alemanha), Jean-Paulo Giusti (Université de Lyon 2 – França), Saulo Neiva (Université Blaise Pascal Clermont-Ferrand – França) e Victoria Livingstone (Boston University – EUA), os pesquisadores e professores Alejandra Josiowicz (Rutgers University, Camden – EUA), Leonardo Barros Medeiros (Universidade de Coimbra – Portugal) e Rodrigo Lopes de Barros (Boston University – EUA), e os tradutores Julia Tomasini, da University of Maryland (EUA), e Sergio Colina (Asociación Cultural 2384 – Espanha).

 

Ao todo, são 319 mapeados, vinculados a 159 instituições.

 

Texto de Rita Palmeira e Fernanda Guimarães – pesquisadoras do Conexões Itaú Cultural

 

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