A revista de literatura e arte Coyote chega às livrarias com duplo motivo para comemorar: em 2010 ela completa oito anos de existência (um verdadeiro feito, se lembrarmos que historicamente a tradição de nossas revistas literárias é durar pouco — desde a Revista de Antropofagia, de Oswald de Andrade), e apresenta aos leitores sua 20ª edição. Talvez por isso esteja também, pela primeira vez, chegando às livrarias com duas capas, escolhidas do ensaio de Egberto Nogueira que integra a edição.
Além do ensaio, a revista traz um dossiê com o poeta e artista plástico Rodrigo de Haro, textos inéditos do livro Um Bom Lugar Pra Morrer, de Mário Bortolotto, e quatro fragmentos de Exercícios de Estilo, do francês Raymond Queneau, um dos autores mais experimentais do século 20. Maurício Arruda Mendonça apresenta traduções de haikais da nipo-londrinense Mityio Sugimoto e há ainda o conto “Nos Sonhos Começam as Responsabilidades”, do poeta norte-americano Delmore Schwartz (1913-1966), e, pela primeira vez no Brasil, poemas do beat Bob Kauffman (1925-1986). Entre os novíssimos estão os poetas Samantha Abreu, Luiz Felipe Leprevost e Ponti Pontedura.
A Coyote é editada pelos poetas Ademir Assunção, Marcos Losnak e Rodrigo Garcia Lopes, com projeto gráfico de Losnak. A revista é patrocinada pelo PROMIC (Programa Municipal de Incentivo à Cultura) da cidade de Londrina, e distribuida pela editora Iluminuras.
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