Descobrir o Brasil: revistas literárias
em 02/12/2009
Carlos Pereiro, Claudiney Ferreira, Leila Lehnen e Pedro Serra.

Carlos Pereiro, Claudiney Ferreira, Leila Lehnen e Pedro Serra.

O II Encontro Conexões Itaú Cultural – Mapeamento Internacional da Literatura Brasileira prosseguiu no dia 2 de dezembro com mais duas mesas-redondas. A primeira destas – Descobrindo o Brasil: revistas literárias – trouxe análises do modo como as culturas digital e impressa podem ser importantes à divulgação da literatura brasileira no exterior.

Mediada por Claudiney Ferreira, gerente do Núcleo Diálogos do Itaú Cultural, a mesa contou com a participação de Carlos Paulo Martinez Pereiro, Leila Lehnen e Pedro Serra.

O professor da Universidade de Corunha Carlos Paulo Martinez Pereiro foi o primeiro a falar. Tratou da sua relação com a literatura brasileira e da sua experiência como coordenador de Publicações da Biblioteca-Arquivo Teatral Francisco Pillado Mayor.

Leila Lehnen, professora da Universidade do Novo México, discutiu a mudança na concepção de literatura, que de palavra sobre papel passa a ser também a palavra materializada em meios digitais. Estudiosa da literatura brasileira contemporânea, afirmou que os meios digitais são fundamentais para a atual produção. Trazendo dados a respeito das publicações de artigos brasileiros em revistas (eletrônicas e impressas), Lehnen mostrou como as revistas norte-americanas de crítica literária não dão muito espaço a artigos sobre literatura brasileira.

Também comentou o caso da prestigiosa PMLA: Journal of the Modern Language Association of America, que tem apenas 7 artigos (de um total de 6.975) dedicados a temas brasileiros. Quando tratou da situação dos docentes de literatura brasileira nos EUA, lembrou o fato de que os departamentos de estudos brasileiros costumam estar associados aos de outros países. Além disso, revela, os próprios professores terminariam por privilegiar outros aspectos da cultura brasileira, como o cinema. Encerrou sua fala comentando que o papel dos professores e pesquisadores é difundir a literatura brasileira e estimular intercâmbios entre universidades.

A última participação na primeira mesa da quarta-feira foi a do professor da Universidade de Salamanca Pedro Serra, que falou de revistas impressas e eletrônicas e, em particular, tratou da Revistas de Estudos Portugueses e Brasileiros, da qual é editor. Pensando nas políticas universitárias, discorreu sobre a noção de “coisa pública” e mencionou as mudanças sofridas pelas universidades européias com os acordos de Bolonha no âmbito da Comunidade Européia, tema que já havia sido mencionado por Leonardo Tonus em mesa anterior.

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