De acordo com a pesquisa “Literatura brasileira e transnacionalidades: deslocamentos, identidades e experimentações tecnológicas”, em tradução livre de Cimara Valim de Melo, professora O Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul (IFRS), o sistema literário brasileiro foi construído em diálogo com as tradições culturais de outros países.
Melo começou a estudar o processo de internacionalização da literatura brasileira durante a pesquisa de pós-doutorado no Instituto Brasil do King’s College London, com base em pesquisa inovadora da pesquisadora em estudos de tradução Heloisa Gonçalves Barbosa, professora aposentada da Escola de Letras da Universidade Federal do Rio de Janeiro ( UFRJ), realizado por sua tese de doutorado defendida em 1994.
Ao estudar trabalhos traduzidos para o inglês, a partir dos anos 1990 até 2014, Melo observa a existência de três fenômenos paralelos. O primeiro é Paulo Coelho, autor cujos livros foram traduzidos para 70 idiomas. O segundo foi a tradução de obras de Clarice Lispector, reeditada pelo escritor e historiador americano Benjamin Moser.
Esforços de agentes literários internacionais e editoras, bem como aparições de autores em eventos literários e feiras de livros representam o terceiro fenômeno por trás do aumento no volume de traduções de autores brasileiros contemporâneos, que começaram a abordar temas mais universais, menos associados à literatura. noção de identidade nacional, aumentando assim o interesse em suas histórias por parte do público internacional. De acordo com Melo, de 2010 a 2014, foram realizadas 27 novas traduções.
Leia a matéria Brazilian literature in transit, de Chistina Queiroz, na Revista Pesquisa FAPESP.
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