No domingo anterior ao Carnaval, a editora Luciana Villas-Boas publicou no caderno Ilustríssima um diagnóstico, seu, do crescente alcance da literatura brasileira no exterior. Sua crítica reside em um direcionamento do mercado literário brasileiro para fora que se dá em detrimento da formação de leitores locais. Nesse domingo após o carnaval, o escritor João Paulo Cuenca, que estava justamente em viagem de trabalho por universidades dos Estados Unidos, publicou no mesmo periódico uma resposta à provocação da editora.
Villas-Boas interpreta a multiplicação de volumes traduzidos em diversos idiomas como um resquício da síndrome moderna: o colonizado deseja se afirmar no Primeiro Mundo. Cuenca rebate esse argumento com um diagnóstico pessoal e sincero de escritor: o autor quer ser lido, pelo máximo de pessoas que conseguir atingir. Ambos os textos se posicionam, ainda, em relação aos apoios à tradução praticados pela Biblioteca Nacional, que constituem os principais incentivos para tal movimento da literatura brasileira.
Confira o debate:
LUCIANA VILLAS-BOAS – “É PRECISO RECUPERAR O PÚBLICO BRASILEIRO”
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