Acaba de sair o livro Corpos Pagãos, Usos e Figurações na Cultura Brasileira (1960-1980), pela UFMG, do professor e tradutor Mário Cámara, uruguaio que ensina literatura brasileira e portuguesa na Universidade de Buenos Aires.
O livro analisa o tratamento do corpo na obra de Glauco Mattoso, Hélio Oiticica, Jorge Mautner, Lygia Clarck, Jorge Mautner, Roberto Piva, Torquato Neto, Waly Salomão e Paulo Leminski, em um período de emergência e abafamento das expressões culturais no Brasil. Escritores como Roberto Piva, que publicaram em 1963 e só foram lidos 10 anos depois, não são raros exemplos desse hiato processado na cultura brasileira, protagonizado pelo AI-5.
Cámara, que é mapeado do Conexões Itaú Cultural desde 2011, já traduziu Luiz Rufatto, Clarice Lispector, Paulo Leminski, Ferreira Gullar e Glauco Mattoso para o espanhol. Além disso, edita a Revista Grumo, sobre literatura brasileira e argentina, que já circula há mais de uma década.
Confira entrevista com o autor, durante o Conexões 2012, em que fala sobre as singularidades que encontra em trabalhar com a língua brasileira, não portuguesa.
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